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segunda-feira, 30 de março de 2009

Crise e dívida pública interna!

Como era de se esperar, a crise vai contaminando quase todos os setores da economia brasileira.

Uma área crítica é a das contas públicas - em especial, o financiamento da dívida pública interna.

Como sabemos, embora se tenha tido um superávit primário, no quesito mais amplo (que inclui os juros da dívida pública interna) temos tido sistematicamente um déficit operacional: a dívida pública interna aumenta sempre!

Ocorre que há o sério risco de termos, a curtíssimo prazo, um déficit primário - aí a dívida pública interna vai aumentar a uma velocidade muito perigosa!

Essa piora se deve à combinação explosiva: aumento nos gastos correntes e redução na arrecadação (nos 3 níveis de governo), devida à redução na atividade econômica.

Não bastasse isso, com a taxa Selic reduzindo, os fundos de investimentos de renda fixa/DI (cujas carteiras incluem títulos da dívida) passam a ser ameaçados - em termos de rentabilidade - pelas cadernetas de poupança.

E, se houver uma debandada de aplicações desses fundos de investimentos de renda fixa/DI a rolagem da dívida pública interna correrá sério risco - perigo à vista!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Estória sem fim!

Pois é, essa crise parece uma estória sem fim!

Os EU não param de imprimir dinheiro (trilhões de US$ - inflação no futuro?) e, por aqui, cortes no orçamento significativos (45 bilhões de R$).

Há necessidade de mais cortes por aqui, só que a maioria das despesas é "incomprimível" (salários de funcionalismo público federal (ativos e inativos) e previdência social (inss).

Outra grande despesa - pagamento de juros da dívida federal - vai sendo reduzida, pois grande parte é atrelada à taxa de juros (Selic) que está em queda.

Por outro lado, mesmo com o corte no orçamento, a queda brutal da arrecadação fará com que o superávit primário (que exclue os juros) seja reduzido, interrompendo, assim, a redução da dívida interna que vinha numa trajetória descendente.

O círculo vicioso está montado: economia em recessão (encolhendo) => demissões se aprofundando => menos vendas => mais demissões => arrecadação (nos 3 níveis de governo) diminuindo => superávit diminuindo => dívida aumentando etc etc etc

Enqto isso, pelo lado da despesa, há um aumento vegetativo considerável nos itens salários de funcionalismo público federal (ativos e inativos) e previdência social (inss).

E ninguém sabe quando chegaremos ao fundo do poço (tanto a nível mundial, como a nível de Brasil) .

Quem disser que sabe (quando chegaremos ao fundo do poço) está chutando e/ou tentando enganar o povo!

terça-feira, 10 de março de 2009

Onde é o fundo do poço?

Algumas teses já foram por água abaixo: descolamento da crise por parte dos emergentes, no Brasil seria só uma marolinha, pacote da China iria aliviar a crise etc etc etc.

E agora o leste europeu entra em crise, piorando mais ainda a situação da União Européia.

Essa crise pôs fim a uma escalada especulativa que - parecia - não ter fim.

Há alguns anos - não tão distantes assim - o então presidente do FED cunhou a expressão "exuberância irracional".

Era um alerta - dúbio, é verdade - ao qual não foi dada a devida atenção!

No Brasil, não sabemos ainda quando chegaremos e a que profundidade será o fundo do poço.

Os preço dos ativos (imóveis, carros usados, p ex) continuam a despencar - a Bolsa continua a cair, havendo momentos de alta - aparentemente - artificial.

O momento é de expectativa, análise e atenção!
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